SIMPLESMENTE SE A GENTE PERMITISSE

 

-Se a gente permitisse,

a partir desse instante,

que minha mão e a sua

se apertassem fraternalmente,

nossos corações distantes,

teriam a necessária chance

de se conhecerem melhor.

-Aí, quem sabe,

entre mim e você

tudo mudaria

e, ainda em tempo,

a gente se descobriria.

-E pelo mundo afora

um frente ao outro

a gente se deixaria estar,

fosse num banco de jardim,

num leito de motel,

na mesa de um bar...

-É provável que aí,

nossas cabeças curtidas

em nós descobrissem

aquelas bocas perdidas

por onde um dia falamos,

todas as linguagens esquecidas.

-E a gente, então, alegre passaria,

A falar, ouvir, agir e entender

da perspectiva de uma outra dimensão,

desprezando o postiço discurso

de nossas cabeças civilizadas.

-Maravilhas dessa natureza

Estariam a nos acontecer

se a gente, simplesmente, permitisse

que, a partir desse instante,

Minha mão e a sua,

se apertassem fraternalmente.

-Simplesmente se a gente permitisse.

 

Celso Lima Velame

 

 

*Se a gente se permitisse, Celso, que as amizades conquistadas NUNCA se acabassem, eu agora declamaria aquele poema que, em tempos idos, fiz para você!

Sim, declamaria aquele poema intitulado: “AMIGO”!

Nenhum comentário: