Não foi pequena a minha indignação, anteontem, ao ouvir a entrevista do tal advogado, defensor do rapaz que atacou sua professora, num colégio, em Aracaju. E, ontem, escutei no rádio, a entrevista da mãe, da irmã e da própria Carla Valéria, a quem me solidarizo, embora não as conheça. Pois, é inacreditável e inconcebível a atitude desse rapaz e maneira, o tom e a arrogância desse tal advogado. Nunca, tinha escutado alguem defender o mal com tamanha "precisão"... O tom, a postura, as mimicas, tudo levaram a crer e certificar - pelo menos a mim - que esse senhor não tem molejo e nem compostura para outra coisa, a não ser defender e acobertar o malígno.
O "garoto", não é tão garoto assim; com 17 anos muitos já são pais de família e pais responsáveis! que segundo o advogado, "vive chorando pelos cantos", pelo crime que cometeu, deveria sim, estar chorando de alegria, por encontrar quem o defenda e justifique seus atos criminosos! O bom moço "evangélico", deveria sim, estar mais que contente, por encontrar quem defenda suas atitudes mais que homicidas. É claro que "todos merecem uma chance", mas não sem primeiro pagar os seus erros...
Semanas atrás, esse rapaz que a justiça denomina: "menor", furou a cabeça da diretora Carla Valéria, com uma caneta, por ter recebido a noticia que seria transferido de escola, depois de explodir uma bomba no colégio. Como se percebe: dois crimes justificados. E o rapaz está livre, leve e solto, para agir da forma que melhor lhe convier... e quanto a Carla Valéria, que além de sofrer essa tentativa de homicidio e estar presa, sem poder sair de casa, com pânico de tudo e todos, que receba seu castigo de braços cruzados, porque, pelo que nos foi passado na TV, através desse senhor que estudou para defender o indefensivel, ela própria foi culpada pela situação! Ela sim, jamais deveria ter constrangido o "menor infrator"...
Carla Valéria, embora eu não lhe conheça, coloco-me à sua disposição para o que for necessário. E tenha certeza: Estou sentindo cá dentro de mim, imensa vergonha de ser parte dessa sociedade que quase sempre, inverte os papeis do mal pelo bem e vice versa.
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