Vem de longe esse estado insular
a levitar como a pluma
em seu cortejo nômade.
Quem diria que o olhar em desvario
sorveria o mar em desassombro
para ater-se aos rituais
onde os deuses bebem
um sangrar em adrenalinas!
E com aflição, abrasada em luares,
verte com a chuva as salmoras
em formas poligonais
esgueirando-se em cestos úmidos
para fixar a beleza e o sonho.
Firmado em hanadomê
asperge para o sol e as estrelas
o encantado das flores
numa órbita indefinida
a buscar a plenitude.
Gláucia Guerra de Oliveira
*Gláucia Guerra, é uma poeta, escritora, pintora e professora de piano de Cruz das Almas/Ba. que, infelizmente, por motivos de saúde, já não pode desempenhar seus trabalhos com a destreza de antes.
**Beijão para você minha amiga querida, daqui do outro lado do oceano!
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