Aracaju, 25 de Novembro de 2011| 05:00
Déda e ministro da Saúde inauguram Hospital de Estância e assinam termo aditivo no valor de R$ 60 milhões
Conforme o governador, nova unidade vai proporcionar uma redução significativa na demanda de pacientes que procuram ou são encaminhados ao Hospital de Urgência de Sergipe
O governador Marcelo Déda e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha
"Pode neste país existir hospital igual, mas melhor do que esse que eu vi aqui em Estância, com os equipamentos que eu vi, posso dizer que não existe". A constatação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, após conhecer as instalações do Hospital Regional de Estância, refletiu a impressão de todos que acompanharam a solenidade em que o governador Marcelo Déda inaugurou a nova unidade. Foi na noite desta quinta, 24, que Déda e o ministro entregaram a melhoria que leva o nome do 'Dr. Jessé de Andrade Fontes' e ainda assinaram um Termo Aditivo que garante o investimento anual de mais R$ 60 milhões na Saúde dos sergipanos.
A interiorização da Saúde é o aspecto destacado pelo governador como a maior contribuição do Hospital, orçado em R$ 15.936.019,55. "É mais uma vitória que nós consolidamos no nosso objetivo de interiorizar a assistência hospitalar, de melhorar o atendimento à saúde no interior, porque a nossa filosofia é que, melhorando o atendimento no interior, a gente faz um serviço de melhor qualidade, as pessoas têm uma melhor resolução para os seus problemas, evita-se deslocamentos para a capital, e atende o cidadão onde ele precisa mais, ou seja, na sua região", ressaltou.
Após descerrar a placa inaugural, Déda fez questão de adentrar a unidade. Ao lado do ministro da Saúde, visitou todas as salas, cumprimentou funcionários e não escondeu sua satisfação com a qualidade da melhoria, que dispõe de acabamentos minuciosos e equipamentos de ponta. "Teve um equipamento chamado de 'intensificador de imagem' que o ministro olhou e me disse: 'governador, este equipamento custa mais de R$ 200mil'. Está na sala de cirurgia, para auxiliar os procedimentos", exemplificou Déda.
Conforme o governador, são investimentos como este que deverão proporcionar uma redução significativa na demanda de pacientes que procuram ou são encaminhados ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). "Aqui teremos condições de resolver grande parte dos problemas, oferecer solução para uma série de atendimentos de média complexidade, e quando for o caso de precisar ir ao hospital de Aracaju, lá o atendimento será melhor porque terá menos gente pressionando o Huse", complementou.
Um dado relevante citado pelo chefe do executivo estadual nesse contexto diz respeito à evolução na quantidade de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em Sergipe: se no início de 2007 o interior sergipano não dispunha de qualquer exemplar e o Huse contava com menos de 20 leitos, hoje o município de Lagarto possui 10 leitos, Estância acaba de ganhar outros 10 e Itabaiana será contemplado com a mesma quantidade no próximo ano. Já o Huse, saltou para os atuais 60 leitos.
Estrutura
Ao todo, o Hospital de Estância contará com 107 leitos de internamento, dos quais 20 para pacientes infantis e 48 para adultos. O bloco cirúrgico terá três salas cirúrgicas, uma de parto, outra de pré-parto com dois leitos e uma Sala de Recuperação Pós-Anestésico (SRPA) com quatro leitos. A unidade foi batizada com o nome do 'Dr. Jessé de Andrade Fontes', que demonstrou grande sensibilidade social ao exercer a medicina em Estância na primeira metade do século XX.
Impressionado com a qualidade do Hospital, que terá capacidade para atender uma média de 5.500 pessoas por mês, o ministro Alexandre Padilha colocou o estado de Sergipe como um exemplo para os demais. "Eu sabia dos projetos de hospitais para o interior de Sergipe, mas nada substitui quando a gente olha, entra, caminha e vê a qualidade dos equipamentos", disse o ministro.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Guimarães, a implementação do novo Hospital será por etapas. "O Hospital é uma empresa muito complexa, há de se ter muito cuidado e zelo na sua implantação, mas pretendemos que no prazo de até seis meses todas as suas áreas já estejam funcionando plenamente, inclusive a UTI", disse o secretário, assegurando que, inicialmente, será aberto o pronto-socorro; em janeiro de 2012, a ala de internamento; e em seguida o bloco cirúrgico, que engloba o Centro Cirúrgico, a Enfermaria Cirúrgica e o Centro Obstétrico, além da UTI.
Segundo o prefeito de Estância, Ivan Leite, a novidade representa uma conquista obtida mais de um século após a construção do antigo hospital da cidade. "Depois de mais de 100 anos estamos tendo em Estância a inauguração de um segundo hospital, totalmente moderno e que, por ser regional, nós esperamos que atenda não apenas Estância, mas os mais de 250 mil habitantes da região Sul que terão um atendimento hospitalar adequado", observou.
Termo Aditivo
Em paralelo à inauguração do Hospital, o ministro Alexandre Padilha e o governador Marcelo Déda assinaram, juntamente com prefeitos e secretários de Saúde dos municípios sergipanos, o inédito Termo Aditivo do Contrato de Ação Pública (CAP). A novidade, que prevê metas a serem cumpridas pelo poder público, viabilizará R$ 60 milhões por ano no repasse do Ministério da Saúde para o orçamento de Sergipe.
"O Governo do Estado está de parabéns porque aceitou este modelo onde estamos colocando R$ 60milhões, voltados à contratação de profissionais, manutenção dos serviços, e cada região terá metas de atendimento. Em cada região de Sergipe vai se definir: a quantidade de cirurgias que deverá fazer, a quantidade de procedimentos de internação, quantos leitos de UTI e a responsabilidade de os governos Federal, Estadual e Municipal cumprirem estas metas que ficarão claras para a população", explicou Padilha.
Para o governador, a assinatura do Termo Aditivo significa, ao mesmo tempo, um reconhecimento e um desafio. "O reconhecimento do Ministério da Saúde de que a nossa política está no rumo certo. É óbvio que nós não alcançamos ainda os padrões que nós queremos e que o povo merece, mas o caminho que traçamos é o caminho adequado, que é o caminho da interiorização, da atenção hospitalar, construindo hospitais como esse, é o caminho de ajudar as prefeituras na atenção básica, é o caminho de modernizar a gestão através da Fundação Hospitalar, então esse caminho é o que pode nos ajudar a chegarmos no objetivo de uma saúde pública melhor. O Ministério reconheceu esse caminho, mas agora fica o desafio de conseguirmos sustentar esse novo sistema que foi criado para que ele possa funcionar e cumprir sua principal tarefa, isto é, ter uma rede de atenção distribuída em todo o território do estado para não ficarmos dependentes de um só hospital na cidade de Aracaju", concluiu.
A adesão ao termo aditivo já havia sido pactuada entre o Governo de Sergipe e todos os municípios do Estado e agora foi assinado o termo aditivo ao CAP pelo Ministério da Saúde. Com a assinatura, haverá um implemento mensal imediato no valor de R$ 2 milhões para o hospital de Estância, além de R$ 3.190.299,70 para a Rede Cegonha e a Rede de Atenção às Urgências e Emergências.
Representando todos os prefeitos sergipanos, assinaram o Termo durante a solenidade os gestores de Estância, Ivan Leite; Lagarto, Valmir Monteiro; Nossa Senhora do Socorro, Fábio Henrique; e Propriá, José Américo. Além deles, estavam presentes em Estância diversos prefeitos e vereadores do interior, além do vice-governador, Jackson Barreto, do vice-prefeito de Aracaju, Silvio Santos; do deputado federal Rogério Carvalho, e dos deputados estaduais Gilson Andrade, João Daniel e Maria Mendonça.
*Tudo muito bonito, mas, é bom as “autoridades” atentarem para um fato: a cidade com um hospital nessa infraestrutura, necessita também de um cemitério, nas mesmas dimensões, para enterrar seus mortos!!!
O cemitério atual, está entregue às baratas… mesmo depois da minha denúncia e de tantos outros casos, ainda não foi tomada nenhuma providência no sentido de deixarem os mortos descansarem em paz… a falta de vergonha continua, no cemitério da “Piedade”.
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